segunda-feira, 18 de novembro de 2019

O aguadeiro




O aguadeiro

Lá vem ele ao longe.
Vem afoito.
O aguadeiro e seu burrico.
Traz água fresca e pura.
Vem da fonte da natureza.

Chega à porta.
-Ó da casa!
Faz sol em barda.
A sede mata!
- P’ra mim uma bilha, se puder ser.
-O burrico agradece.
Ficou mais leve.
Lá vai à estrada.
Toque-laroque.
P’ra mais um monte.
Fica distante.
A vida custa.
Lá vai ele.
Caminho fora.
Há sobreiros.
Pinheiros mansos.
Fazem a fresca.
Como sabe bem.
Toque-toque.
Patas no chão.
É sempre andar.
-Quem quer água fresca?
É o Alentejo com seu encanto…

Berlim, 18 de Novembro de 2019
18h37m
Jlmg







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