Tudo se esfuma com o devir do tempo
Por mais amarras a que nos prendamos, tudo esgaça e se desprende com o devir dos dias.
Corrosivo, ao ritmo do gota-a-gota.
Aquele fulgor da primavera que enche a alma de alegria.
Tudo é verde e colorido.
É sol a abrir no raiar de mais um dia.
A vontade ingente de ser alguém que nos faz lutar e sofrer para ser doutor ou mestre para sentir o perfume inebriante da admiração.
A cultura obssessiva do aprumo num fato bem brunido e bem vincado.
A superação constante dos nossos recordes como bandeira desfraldada.
Aquele elã vital que nos acorda cedo em cada dia.
Tudo se esvai e se esfuma no horizonte como uma nuvem, no fluir lento e silencioso do dia-a-dia…
Ouvindo concerto nº 2 de Chopin para piano por Khatia Buniatishvili
Tapada de Mafra, 3 de Setembro de 2017
8h1m
Jlmg
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