domingo, 3 de setembro de 2017

Tudo se esvai...

Tudo se esfuma com o devir do tempo

Por mais amarras a que nos prendamos, tudo esgaça e se desprende com o devir dos dias.

Corrosivo, ao ritmo do gota-a-gota.

Aquele fulgor da primavera que enche a alma de alegria.
Tudo é verde e colorido.
É sol a abrir no raiar de mais um dia.

A vontade ingente de ser alguém que nos faz lutar e sofrer para ser doutor ou mestre para sentir o perfume inebriante da admiração.
A cultura obssessiva do aprumo num fato bem brunido e bem vincado.
A superação constante dos nossos recordes como bandeira desfraldada.

Aquele elã vital que nos acorda cedo em cada dia.

Tudo se esvai e se esfuma no horizonte como uma nuvem, no fluir lento e silencioso do dia-a-dia…

Ouvindo concerto nº 2 de Chopin para piano por Khatia Buniatishvili

Tapada de Mafra, 3 de Setembro de 2017
8h1m
Jlmg

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