Jaqueta…
Há muito não uso jaqueta.
Aquela veste emproada que se veste na
sala importante.
Prefiro a calma do mar, azul e sem
ondas.
Navego à solta.
Vou para onde quero.
Sobra o tempo para o que tem mais
valor.
Dar nas vistas não quero.
Quero agradar doutro jeito,
À minha maneira, mais natural.
Detesto artifícios. Nem pensar
tatuagens.
São complementos que cobrem buracos.
O que conta é o real.
Minhas formas vitais.
Com traços os divinos de quem me
criou.
Agasalho-me do frio e do vento.
Da água da chuva.
Fujo do sol quando fica a escaldar.
Bebo da fonte. Me comprazo de vinho.
A bebida excelente que sara e que cura,
Um remédio divino, cheio de cor que a
jaqueta não é…
Berlim, 22 de Setembro de 2017
6h54m
Jlmg
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