Nos arcanos
Naquelas fragas descarnadas das
falésias,
Sobranceiras à planície, vasta,
Vegetam cabras, se escondem os ninhos
das águias e dos condores.
Vivem suspensos, contemplativos, quase
nas nuvens,
Semideuses da liberdade.
Sem metafísicas. Não têm horas.
A sobrevivência é sua luta.
Não têm horta. Agricultura.
Enxergam de longe, com precisão
exacta,
O que precisam na hora.
Em voo alado, tangido ao vento,
Suas presas ficam reféns.
Depois a boda farta. A mesa posta.
Ali descrevem a sua história em forma
livre.
Não têm segredos.
Dão-nos lições.
Berlim, 26 de Setembro de 2017
7h44m
Jlmg
Sem comentários:
Enviar um comentário