Os azedumes
Envelhecem mais os azedumes de quem é
próximo que o fardo do dia a dia, com sua aspereza.
Deixam sulcos fundos, cheios de
sombra, na tez da alma.
Tanto mais quanto os caminhos são
paralelos e inevitáveis.
Se entranham tão dentro.
Não há suco. Nem romper de sol que os
adoce.
Nunca mais esquecem. Mesmo que
passem.
Empobrecem. Queimam energias.
Escurecem os dias por mais luminosos.
Tiram o sabor a tudo.
Amargam na boca.
Com sorte,
Só o torpor dos sentidos nos traz a
calma.
Ouvindo músicas de filmes
Berlim, 26 de Setembro de 2017
16h6m
Jlmg
Sem comentários:
Enviar um comentário