Painel das manhãs...
Desta janela oval que dá para a rua,
vejo um rio de gente,
pelos passeios e estrada.
Avançam prà vida.
Querem ganhar com vontade de ferro.
vejo um rio de gente,
pelos passeios e estrada.
Avançam prà vida.
Querem ganhar com vontade de ferro.
As mangueiras da bomba largam gazóleo aos carros sedentos.
Ao balcão da lojeca,
fazem-se as contas do deve e haver.
Ao balcão da lojeca,
fazem-se as contas do deve e haver.
Uns tentam a sorte no euromilhões.
Partem sonhando enquanto não vem.
Outros mergulham no tabaco mordendo veneno,
na mortalha mortal.
Partem sonhando enquanto não vem.
Outros mergulham no tabaco mordendo veneno,
na mortalha mortal.
Na rotunda redonda de quatro saídas,
giram com pressa e brilham faróis.
Pintados de verde, com muitas janelas, os autocarros da Câmara resolvem às dúzias e vencem batalhas
à gente sem carro.
giram com pressa e brilham faróis.
Pintados de verde, com muitas janelas, os autocarros da Câmara resolvem às dúzias e vencem batalhas
à gente sem carro.
Esguias e perdidas nas bermas,
zumbem caladas as scooters e vespas.
zumbem caladas as scooters e vespas.
Aqui no café, tilintam as chávenas e ressuma a café,
enquanto nas mesas se racham cavacos com língua afiada e fome de gata.
enquanto nas mesas se racham cavacos com língua afiada e fome de gata.
Café Castelão em Mafra, 6 de Setembro de 2017
9h10m
dia cinzento
Jlmg
9h10m
dia cinzento
Jlmg
Sem comentários:
Enviar um comentário