Rostos serenos
Diga-se o que quiserem.
São serenos os seus rostos e, sem alardes,
cultivam o silêncio nos lugares públicos.
Gestos sóbrios.
O espalhafato não é com eles.
Falo dos alemães.
Vivem folgados.
Novos e velhos.
Sem contarem tostões.
O PIB chega-lhes ao bolso,
Sem regatear.
Não encalha nos ricos.
O devolvem prontos e a economia avança.
São práticos. Inteligentes.
Cultivam a ordem.
Quando todos puxam, ordeiros,
o carro anda e sobe,
sem solavancos.
Bar do Reichelt, em Berlim, 23 de Setembro de
2017
10h3m
Jlmg
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