sábado, 9 de setembro de 2017

Casa vazia...



Casa vazia…

Abro as janelas e portas inundadas de luz.
Só as paredes e soalho ao ar.
Prostradas as sombras choram segredos.
Horas alegres, raiadas de esperança encheram as salas.

O lar da cozinha, caiado de fumo, exala o cheiro dos estrugidos que foram.
O forno de barro, de boca aberta, aguarda a pá e as fornadas do pão.

Zumbem nas telhas que cobrem os caibros silvos do vento puxando o fumo.
Sobraram os buracos nas nuas paredes dos lindos quadros que contavam a história dos pais e avós.

Atrás duma porta, há uma vassoura esquecida, de pé.

Tapada de Mafra, 10 de Setembro de 2017
7h55m
Jlmg




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