sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Pedras à toa...



Pedras à toa…

Solfejo de pedras na pauta dos montes.
Acordes sonoros poisados ao vento.
Castelo de hinos expostos ao sol.

A arte do homem, à força de braços,
As desfaz em pedaços,
Com medida afinada.

Vêm os carros puxados por bois.
Um sarilho de cordas os eleva a prumo.
São blocos e esteios pesados.
Dão para casas e muros onde vivem pessoas com latadas na horta.

Dão para o chão dos caminhos as sobras cobertas de saibro.

E os labristas, a escopro de aço,
Com arte e engenho,
Em pancadas certeiras,
Engendram estátuas benzidas que fazem de santos e bispos.

Berlim, 22 de Setembro de 2017
10h31m
Jlmg


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