Pedras à toa…
Solfejo de pedras na pauta dos
montes.
Acordes sonoros poisados ao vento.
Castelo de hinos expostos ao sol.
A arte do homem, à força de braços,
As desfaz em pedaços,
Com medida afinada.
Vêm os carros puxados por bois.
Um sarilho de cordas os eleva a
prumo.
São blocos e esteios pesados.
Dão para casas e muros onde vivem
pessoas com latadas na horta.
Dão para o chão dos caminhos as
sobras cobertas de saibro.
E os labristas, a escopro de aço,
Com arte e engenho,
Em pancadas certeiras,
Engendram estátuas benzidas que fazem
de santos e bispos.
Berlim, 22 de Setembro de 2017
10h31m
Jlmg
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