O feitiço dos mercados…
Aquele espaço amplo, largo e
envidraçado,
Tantas bancas em cimento
E ruelas labirínticas.
Uma panóplia de perfumes.
Desde os da carne viva até às frutas.
A permanente vozearia
Das regateiras inflamadas.
Tentando impingir os seus produtos.
Lá para casa é que não voltam.
As gaiolas da bicharia onde imperam
galos e faisões.
Os recantos frescos das floristas,
verdadeiros altares em festa sem o santo e a devoção.
Até o barbeiro de navalha em punho,
barbeando os preguiçosos.
E o café a abarrotar de gente, virada
às bicas e aos galões.
E os fiscais da Câmara de livrete à
mão, correndo tudo a pente fino, não vá passar um passarão.
É este o mercado persa bem ao jeito
de cada bairro.
Berlim, 22 de Setembro de 2017
18h55m
Jlmg
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