quinta-feira, 1 de outubro de 2015

subo ao terraço...

Ao meu terraço…

No dealbar da madrugada
Eu subo ao meu terraço.

Vou despedir-me das estrelas.
Toda a noite cintilantes,
Tecendo um véu de lantejoulas e madrepérolas.

Brincaram como crianças,
O jogo eterno das constelações.

Ursa Maior.
Órion.
Cassiopeia.

Fizeram corridas pela Estrada de Santiago.

E também da Lua.
Bola branca sempre cheia.
Tão formosa. Sempre ufana.
Apesar da menopausa.

Subo nas nuvens como se fossem pára-quedas.
Poiso nos pólos.
Círculos polares
E Equador,
Para afinar os parafusos.

Molho os pés nos oceanos.

Tomo chá nas caravelas
E ainda vou direitinho
Até à Ilha dos Amores.

Ali me banho ao sol,
Bebendo coco,
E me deito à sombra dos palmeirais.

Depois, eu desço.
E saboreio
Meu pequeno-almoço…

Ouvindo Cavalgada das Valquírias de Wagner

Dia fulgurante de sol

Berlin, 1 de Outubro de 2015
9h5m

Jlmg

Joaquim Luís Mendes Gomes

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