Ao meu terraço…
No dealbar da madrugada
Eu subo ao meu terraço.
Vou despedir-me das estrelas.
Toda a noite cintilantes,
Tecendo um véu de lantejoulas e
madrepérolas.
Brincaram como crianças,
O jogo eterno das constelações.
Ursa Maior.
Órion.
Cassiopeia.
Fizeram corridas pela Estrada de
Santiago.
E também da Lua.
Bola branca sempre cheia.
Tão formosa. Sempre ufana.
Apesar da menopausa.
Subo nas nuvens como se fossem pára-quedas.
Poiso nos pólos.
Círculos polares
E Equador,
Para afinar os parafusos.
Molho os pés nos oceanos.
Tomo chá nas caravelas
E ainda vou direitinho
Até à Ilha dos Amores.
Ali me banho ao sol,
Bebendo coco,
E me deito à sombra dos palmeirais.
Depois, eu desço.
E saboreio
Meu pequeno-almoço…
Ouvindo Cavalgada das Valquírias de
Wagner
Dia fulgurante de sol
Berlin, 1 de Outubro de 2015
9h5m
Jlmg
Joaquim Luís Mendes Gomes
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