sábado, 31 de outubro de 2015

cemitério...

Cemitério…

Quis a sorte crescesse a uma centena e meia de metros dum cemitério.

Um muro alto à volta,
Não fosse eles fugirem.

Ia a ele, de vez em quando.
Campas rasas. Só uma cruz.
Havia tantas.

Havia sepulcros.
Com muito mármore.
Eram os mais ricos.
Sabia de cor as suas fotos.

Gente passada,
Da minha aldeia.
Igual a mim.
Ali dormiam
O sono eterno.

Havia os Sousas.
Havia os Pinto.
Os Magalhães.
Os Sampaio
E os Mendes Gomes.
Eram dos meus.

E lá ao fundo,
Um mausoléu solene.
Era do Padre,
Ilustre figura,
Um benfeitor,
Amorim de nome.

Via-os passar,
Costeira acima,
Derradeira viagem,
À minha porta…

Berlim, 31 de Outubro de 2015
19h47m

Jlmg
Joaquim Luís Mendes Gomes




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