Aquele poema belo…
Onde foi parar aquele poema belo
Que acabei de escrever,
Ouvindo toadas dos Andes, numa gaita
de oiro
E viola de prata?
Estava embalado.
Pronto a seguir,
Na mão do carteiro.
Como um balão de sabão,
Se esfumou,
Ao sopro do vento.
Fiquei tão tristonho.
Quis refazê-lo.
Mas minha mente,
Ficou tão seca e deserta.
Nem uma pontinha do fio,
Achou.
Paira no ar. Alma perdida.
Minha alma penada…
Ouvindo toadas dos Andes
Berlin, 2 de Outubro de 2015
10h39m
Jlmg
Joaquim Luís Mendes Gomes
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