Espaços em branco…
É nos espaços em branco
Que eu escrevo os meus poemas.
Que eu escrevo os meus poemas.
Queria vertê-los nas linhas pretas.
De tão vazias, elas mirraram
Como ribeiros secos
Ou mar sem ondas.
De tão vazias, elas mirraram
Como ribeiros secos
Ou mar sem ondas.
De corpo e alma, me lanço ao largo.
Não levo bússola.
Subo as velas e, marinheiro,
Me entrego ao vento.
Não levo bússola.
Subo as velas e, marinheiro,
Me entrego ao vento.
Respiro fundo da brisa fresca
Que me enche o peito.
Minha alma acende,
Lareira apagada,
Se eleva em chamas.
Que me enche o peito.
Minha alma acende,
Lareira apagada,
Se eleva em chamas.
E, às lufadas,
Caem das nuvens,
Tantas ideias,
Tantas mensagens…
É só escolhê-las,
Caem das nuvens,
Tantas ideias,
Tantas mensagens…
É só escolhê-las,
De entre as mais belas.
É só tecê-las.
E depois bordá-las.
É só tecê-las.
E depois bordá-las.
Pontos de cruz.
Pontos de cravo.
Pontos de cravo.
Encho canteiros
Com tantas flores,
Muita verdura,
Parecem jardins.
Com tantas flores,
Muita verdura,
Parecem jardins.
Junto-as em ramos.
Ao jeito mais belo,
Quanto possível.
Ao jeito mais belo,
Quanto possível.
Faço oferendas,
Só o destino
As pode levar…
Só o destino
As pode levar…
Berlim, 11 de Outubro de 2015
0h 43m
0h 43m
Jlmg
Joaquim Luís Mendes Gomes
Joaquim Luís Mendes Gomes
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