sábado, 24 de outubro de 2015

O suspiro...

O suspiro…

Quando o fôlego está quase a chegar ao fim
E o cantor conseguiu apanhar o tom
E não mais parou,

Quando o equilibrista que vai num fio,
A cem metros de altitude,
Preso a uma grande vara
E resvala, quase no fim,
Sobre o vale,
Mas não cai.

E quando o pára-quedas
Se negou a abrir,
Em queda livre,
Até ao derradeiro segundo
Que podia,
- Foi a sorte que o salvou!  

Irrompe um grito,
Tão forte e fundo
Da plateia
Que é de alívio
Como o suspiro aflito
Dum moribundo
Que não morreu...

Berlim, 24 de Outubro de 2015
21h38m

Jlmg
Joaquim Luís Mendes Gomes




Sem comentários:

Enviar um comentário