O suspiro…
Quando o fôlego está quase a chegar
ao fim
E o cantor conseguiu apanhar o tom
E não mais parou,
Quando o equilibrista que vai num
fio,
A cem metros de altitude,
Preso a uma grande vara
E resvala, quase no fim,
Sobre o vale,
Mas não cai.
E quando o pára-quedas
Se negou a abrir,
Em queda livre,
Até ao derradeiro segundo
Que podia,
- Foi a sorte que o salvou!
Irrompe um grito,
Tão forte e fundo
Da plateia
Que é de alívio
Como o suspiro aflito
Dum moribundo
Que não morreu...
Berlim, 24 de Outubro de 2015
21h38m
Jlmg
Joaquim Luís Mendes Gomes
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