quarta-feira, 7 de outubro de 2015

ai, quem me dera...

Ai, quem me dera!...

Ai, quem me dera voltar a nascer…
Dos mesmos Pais.
Os mesmos irmãos.
No mesmo lugar.
Tempo de guerra
Que ficou em paz.

Brincar nos campos.
Só de calção,
Uma camisa de meia manga.

Jogar à fisga.
Me banhar no rio.
Ou até num tanque.
Pelo verão de sol.

Aprendia a ler.
Livros de história.
Aquelas batalhas bravas
Contra os espanhóis.

Um realejo, com as notas todas,
Para tocar sozinho,
Pelas veredas solitárias
Da minha aldeia.

Descer a pique aquelas costeiras,
Na minha mota de pau,
E ser o primeiro.

Ir às festas apanhar foguetes
E aproveitar as canas
Para meus papagaios…
Bailando ao vento.

Olhar o céu à noite
E contar as estrelas,
Até me dar o sono…

Afinal, faria tudo como fiz,
Há muito…

Ouvindo Clayderman

Berlin, 7 de Outubro de 2015
15h57m

Jlmg
Joaquim Luís Mendes Gomes




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