quinta-feira, 22 de outubro de 2015

crepúsculo das trevas...

Crepúsculo das trevas…

Tantas sendas cobertas de cinza Negra ficou das nossas caminhadas
Pelas trevas desse mundo.
Desde a hora cândida e pura
Em que viemos à luz.

Então, tudo era lindo e perfumado.
Havia prados cheios de rosas e jasmim.
Poisavam serenos sobre os lagos,
Longos mantos de nenúfares.


Se acordava com o gorjeio matinal
Da leda passarada,
Pelos quintais.

Se ouviam, espalhados pelas aldeias, os toques ritmados das trindades.

E das chaminés de todos lares
Brotavam grinaldas de fumo branco
Para os vales.

E pelos montes, reluziam brilhantes e cintilando,
As pérolas de orvalho sobre as urzes.

Se pedia a bênção de Deus a toda a gente que passava,
Como se fosse nossa família.

Quem diria que
Tudo foi só o crepúsculo destas trevas hodiernas…

Ouvindo Hélène Grimaud ao piano

Ainda não nasceu o dia

Berlim, 23 de Outubro de 2015
6h25m

Jlmg
Joaquim Luís Mendes Gomes



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