Rio Sado
Látegas barcaças,
alapadas no meio do Sado.
Yates de ferro fazem cruzeiros
dum lado para o outro,
espantando golfinhos.
Uma língua comprida de areia
suporta cansada torres de casas
que servem de férias.
As águas em correntes de rio,
entram na barra
e inundam o mar.
Nas margens com lama,
passeiam flamingos,
brilhando nas asas.
Barquinhos a remos,
rasteiros à água,
sobem o rio
buscando o arroz.
Negras galochas,
sob troncos curvados,
enchem bornais,
com ostras molhadas.
Gaivotas em bando,
andam e desando,
descendo dos ares.
É o Sado, nascido nas serra,
que chega cansado,
à procura do mar.
Berlim, 14 de Outubro de 2015
10h1m
Jlmg
Joaquim Luís Mendes Gomes
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