segunda-feira, 26 de outubro de 2015

meus hábitos velhos...

Rechacei os meus hábitos velhos…

Como se fossem meus ossos ancestrais.
Os ordeno em sequência
E os forço a caminhar sob  meus pés.

Percorro troços em velocidade vertiginosa
Sem, alguma vez, olhar para trás.

Arremesso ao vento os destroços e faço penitência, de joelhos ensanguentados.

Por todos os pecados que cometi.

Meu corpo tisnado fica nu.
Como o dum mártir que sobreviveu à morte para viver tal qual agora sou.

Me alimento das sombras dos meus sofrimentos
Que secaram.

Me sinto, agora, são e consciente
Como nunca o fui.

Sei o que tenho e o que valho
Porque senti a força de acreditar…

Ouvindo Yann Tiersen ao piano

Berlim, 26 de Outubro de 2015
22h30m

Jlmg

Joaquim Luís Mendes Gomes

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