sábado, 24 de outubro de 2015

contradições...

As contradições…

São como telhas.
Cobrem e tapam as casas
Da chuva e do sol.

Botões que unem e abrem
As bandas contrárias.

Enganam os olhos,
Escondendo a alma.

Pintam de cores,
Conforme os sabores.
Por vezes sorriem
Ou fazem chorar.

Dizem caladas
O que fingem ouvir.

Começam no fim
E são começo.

São a porta do fundo
E a janela da entrada.

A chave que abre e que fecha.
Tudo alcançam,
Perdendo seu tempo.

São traves ocultas,
Entravam paredes.

Só dizem quem são
Mentindo quem foram.

Só dizem mentiras,
Parecendo verdades.

Aves nocturnas,
Dormem de dia
E vivem na noite.
Sossegam os mortos
E atormentam os vivos.

São com as nuvens,
Se desfazem ao vento.

Amanheceu com sol

Berlim, 24 de Outubro de 2015
8h58m

Jlmg

Joaquim Luís Mendes Gomes

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