As contradições…
São como telhas.
Cobrem e tapam as casas
Da chuva e do sol.
Botões que unem e abrem
As bandas contrárias.
Enganam os olhos,
Escondendo a alma.
Pintam de cores,
Conforme os sabores.
Por vezes sorriem
Ou fazem chorar.
Dizem caladas
O que fingem ouvir.
Começam no fim
E são começo.
São a porta do fundo
E a janela da entrada.
A chave que abre e que fecha.
Tudo alcançam,
Perdendo seu tempo.
São traves ocultas,
Entravam paredes.
Só dizem quem são
Mentindo quem foram.
Só dizem mentiras,
Parecendo verdades.
Aves nocturnas,
Dormem de dia
E vivem na noite.
Sossegam os mortos
E atormentam os vivos.
São com as nuvens,
Se desfazem ao vento.
Amanheceu com sol
Berlim, 24 de Outubro de 2015
8h58m
Jlmg
Joaquim Luís Mendes Gomes
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