Amanhecer pardacento de Outubro…
Chuvoso este amanhecer de Outubro frio e cinzento.
Através das vidraças cerradas,
Passa um zumbido das rodas sobe a estrada molhada.
Passa um zumbido das rodas sobe a estrada molhada.
Chega-me a toada constante
Do toque, ao longe,
Da ambulância aflita.
Do toque, ao longe,
Da ambulância aflita.
As janelas das casas dormentes,
Se acendem e apagam.
É a hora das pressas
Para as escolas e os empregos à hora.
Se acendem e apagam.
É a hora das pressas
Para as escolas e os empregos à hora.
E os passeios das ruas, atafulhados de carros,
Abrem clareiras que suavizam quem chega.
Abrem clareiras que suavizam quem chega.
E os pais, com os meninos pela mão,
A maioria são turcos,
Atravessam as ruas a caminho das creches.
A maioria são turcos,
Atravessam as ruas a caminho das creches.
Na padaria vizinha,
Com bar,
Que me fica no prédio,
Há uma russa sadia
Que vende pães e cafés.
Com bar,
Que me fica no prédio,
Há uma russa sadia
Que vende pães e cafés.
Sentado à mesa, escrevo estas linhas
E tomo o almoço quentinho
Que sabe tão bem…
E tomo o almoço quentinho
Que sabe tão bem…
Mais dia começa
Berlim, 14 de Outubro de 15
8h44m
8h44m
Jlmg
Joaquim Luís Mendes Gomes
Joaquim Luís Mendes Gomes
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