Ó que saudade!
Apetece-me balbuciar,
Leve e tímido,
Como um menino
Que aprende a andar.
Chamar papá-mamã
E trepar nos colos
Ao Deus dará…
Pegar num carrinho
Deitado no chão
E pôr-me a correr
A seu lado.
Tomar um apito,
Mesmo de barro,
Enchê-lo de água
E pôr-me a cantar,
Como um passarinho,
Sempre a voar…
Pegar numa corda,
Fazer-lhe um laço,
Lançar o pião,
E adormecer a vê-lo…
Quem me dera
Voltar a ser menino do colo
Com mil braços abertos
A volta de mim…
Beber leite da mãe…
E sonhar com o além.
Ó que saudades!...
Ouvindo “moonlight” de
Beethoven
Berlim, 16 de Novembro de 2014
9h44m
Joaquim Luís Mendes Gomes
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