Madrugada em Madrid
Num quarto frio.
De bater o dente.
Sozinho.
A roupa é pouca.
Nem vestido, consigo dormir.
De bater o dente.
Sozinho.
A roupa é pouca.
Nem vestido, consigo dormir.
Sem internet.
Fugi para aqui,
Procurando calor.
Fugi para aqui,
Procurando calor.
Correm os carros nas ruas,
Malucos.
Há vozes perdidas,
Das sobras movidas,
Da praça del sol.
Caminhando a pé.
Malucos.
Há vozes perdidas,
Das sobras movidas,
Da praça del sol.
Caminhando a pé.
Relembro o relato macabro
Dos milhões de pessoas
Que vivem imundos,
Nas ruelas e becos
Nas cidades da India,
Piores do que ratos.
Ao pé da opulência
Das castas bramânicas
Que ali vegetam indiferentes.
Dos milhões de pessoas
Que vivem imundos,
Nas ruelas e becos
Nas cidades da India,
Piores do que ratos.
Ao pé da opulência
Das castas bramânicas
Que ali vegetam indiferentes.
E me pergunto porquê....
E a resposta aqui está...
E a resposta aqui está...
Mesmo com frio, batendo os dentes,
Neste quarto limpo e asseado,
Já sinto um calor que incomoda
E nao me deixa dormir.
Neste quarto limpo e asseado,
Já sinto um calor que incomoda
E nao me deixa dormir.
Madrid, 8 de Novembro de 2014
2h6m
A caminho de Berlin..
Joaquim Luis Mendes Gomes
2h6m
A caminho de Berlin..
Joaquim Luis Mendes Gomes
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