sábado, 15 de novembro de 2014

jardim das amizades...

Jardim das amizades…

Que seria de mim,
Sem a chuva de amizades
Que cai do céu
Me envolve o dia,
Como um sol
Brilhando no firmamento?...

Seria sempre noite.
Ou um deserto.

De que serviria uma torre Eifel,
Cheia de garbo,
Subindo tão alto,
Se não houvesse uma cidade de gente, imensa,
A fervilhar e de olhos nela?

E o largo e longo Amazonas,
Que vai dum lado ao outro Dum continente,
Sem um par de índios
Saltitando a vê-lo da floresta?

E uma orquestra de violinos calados,
Mesmo diante dum
Eminente maestro?

E duma adega densa,
A abarrotar de vinho,
Se não houver uma boca
Que o saboreie?...

Que adianta querer amar e ser amado,
Se não vem ninguém?...

Viver num mar de rosas belas,
Se nem sequer as puder cheirar…

Ouvindo Smetana – Moldaw

Berlin, 16 de Novembro de 

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