Lanço ao vento…
Como folhas secas,
Caducas,minhas mágoas
Eu lanço ao vento.
As leve por quebradas e escarpas.
Caiam no chão.
Estendidas,
Esperando a sorte
Da terra.
Fonte da vida.
Reverdeçam em paz.
Sejam arpas sonoras,
Bailantes,
Nos ramos de +árvores.
Ninho de de aves. Cantantes.
Abrigo do sol.
Quem passe cansado e queira dormir.
Pintem quadros às cores,
Nos outonos da serra.
Fico à espera de vê-las
Nas ondas do vento,
Na primavera em flor.
Trago-as nas mãos.
Como se fossem cachos de uvas.
Saboreio-lhes o cheiro
E a frescura
Que exalam alegres.
Mato saudades,
Dormindo com elas,
Fazendo almofadas.
E quando sequinhas.
Cansadas.
Volto a soltá-las,
Libertas,
Nas asas do vento.
Ouvindo “barcarole” de Offenbach
Berlin, 13 de Novembro de 2014
16h16m
Joaquim Luís Mendes Gomes
Sem comentários:
Enviar um comentário