sábado, 22 de novembro de 2014

pelo deserto dentro...

Pelo deserto dentro…
Organizei mal a minha vida.
Sem conserto,
Vou lançar-me à sorte.
Pelas areias do deserto.
Vou meditar.
Repensar tudo.
Quero ver onde cometi meus erros.
E, se possível,
Arranjar a forma de repará-los.
Quero voltar de novo.
Arrostar a vida.
Com a vontade e força de vencer.
Saber escolher o caminho,
Na hora agá.
Evitar miragens,
Sobretudo,
As do entardecer.
Depressa, chega a noite.
Com ela as trevas.
E a perdição seria quase certa.
Nunca perdi meu ideal.
Está brilhando no mesmo ponto.
O que falhou foi pensar
Que estaria certo
E garantido,
Qualquer que fosse a minha senda.
Na vida há lugar e tempo
Para tropeços.
Com eles se aprende.
Se formos capazes de os soçobrar.
E seguir em frente,
Frente ao ideal…
Ouvindo “bolero” de Ravel
A noite caíu escura…
Berlin, 20 de Novembro de 2014
20h3m
Joaquim Luís Mendes Gomes

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