sábado, 22 de novembro de 2014

cabeleira loira...

Cabeleira loira, desgrenhada…
Lá vai pressurosa e bela,
Cabeleira loira e desgrenhada,
Ao sabor do vento.
Saia longa e bem rodada.
Socas pretas,
Meia branca com linda renda,
Blusa de linho,
Bem bordada.
Vai vender flores.
Do seu jardim.
Não lhe faltam clientes.
Por qualquer preço.
Esperam que ela chegue.
Sorridente.
Açafate de vime,
À cabeça.
Trocam sorrisos
E ela ganha.
Toda a praça
Se desvanece.
Tanta graça…
Tanta beleza…
Ó que beleza.
Mal acaba,
Ela se vai.
Na algibeira,
O que precisa
No seu dia-a-dia.
Sem delongas
Nem mais labores.
Seu dia e seu viver.
Vida tão simples
Como a das aves…
Nem cultivam,
Nem semeiam.
Bar motocas, arredores de Berlin
21 de Novembro de 2014
10h32m
Joaquim Luís Mendes Gomes

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