Nunca me arrependerei…
O mundo pode acaba,
Duma hora para a outra.
Duma hora para a outra.
O mar ficar um deserto.
Uma montanha,
Se tornar uma planura.
Uma montanha,
Se tornar uma planura.
O céu ruir em estrondo infernal.
Que, eu, não esquecerei nem me arrependerei
Daquele passo que dei,
Ao dealbar da minha vida.
Daquele passo que dei,
Ao dealbar da minha vida.
Peguei na mala e fui,
Correr o mundo.
Correr o mundo.
Onde o Criador entendeu.
Naquele cantinho de terra,
Juntinho ao mar,
Com as costas na serra.
Juntinho ao mar,
Com as costas na serra.
Com rios e campos,
Com vales, campinas,
Lezírias.
Com vales, campinas,
Lezírias.
Lagunas. Deltas. Salinas
Onde voam e cirando,
Esvoaçam pombas e gaivotas.
Onde voam e cirando,
Esvoaçam pombas e gaivotas.
E nos altos cumes,
De Estarreja e Alcácer,
Se radicaram há muito,
Famílias de cegonhas,
Que vão e voltam.
De Estarreja e Alcácer,
Se radicaram há muito,
Famílias de cegonhas,
Que vão e voltam.
Onde um par de marinheiros, se abalançaram, mar adentro,
Quando tudo era trevas,
E reinavam adamastores,
Sobre as vagas,
Medonhas que vinham dar à praia…
Ali, cresci e me fiz gente.
Deitei ramos. Flori.
E, ao fim, repouso, num remanso de harmonia e paz,
Cultivando e navegando à vela,
No grande mar da poesia…
Quando tudo era trevas,
E reinavam adamastores,
Sobre as vagas,
Medonhas que vinham dar à praia…
Ali, cresci e me fiz gente.
Deitei ramos. Flori.
E, ao fim, repouso, num remanso de harmonia e paz,
Cultivando e navegando à vela,
No grande mar da poesia…
Ouvindo “il divo”…
Berlin, 21 de Novembro de 2014
Joaquim Luís Mendes Gomes
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