sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

Ventania e tempestade

Ventania e tempestade

Sopra a ventania  sobre os telhados e as colinas da cidade.
Chove impiedosamente.
Parece o fim do mundo.
Não há guarda-chuva que resista.

As aves recolhidas nos seus ninhos,
Aguardam orando venha depressa, de novo, a calma.
Têm fome os seus filhotes.

O Tejo ruge em fúria, contra os cascos das embarcações, ameaçando-lhes a integridade.

De ambos os lados, se acumularam multidões de gente que quer voltar à sua vida de trabalho.

Inclemente, o vento uiva contra os mastros e postes da iluminação.

Raios fulgurantes de trovões rasgam o céu, amedrontando os mais arrojados e indiferentes.
Já há quem reze, em surdina, à santa Bárbara...

Ouvindo Carlos Paredes

Berlim, 9h23m
Jlmg

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