Adro de areia
Uma ermida de pedra,
com adro de areia, na borda do mar,
Nasce e morre ao tom das marés.
Lá mora o Senhor, realeza do mar.
Recebe quem vem, de barco ou a pé.
Serve o que tem e não cobra vintém.
Chora e ri conforme o que vê.
Por vezes, se zanga com quem promete e não vem.
Habituei-me a vê-lO, quando vou de comboio.
Digo-Lhe adeus, até outra vez.
É o Senhor em cima da pedra,
às vezes, adro de areia, no meio do mar...
Berlim, 17 de Dezembro de 2018
13h12m
Jlmg
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