domingo, 2 de dezembro de 2018

Charneca dos pinheiros mansos





Charneca dos pinheiros mansos

O céu azul. A terra verde.
A paz serena e a solidão.
Crescem no chão punhados densos de túlipas róseas, azuis e brancas.
Largos espaços de relvado rude.
Poisam nas hastes que baloiçam ao vento,
miríades de borboletas às cores.
Não há sobreiros. Nem azinheiras.
E, a toda à volta, permanecem ao alto,
em majestade, os reis dos montes.
Os pinheiros mansos.

Dá gosto vê-los.
Ressomam paz. Mesmo com vento.
Seguram os ramos como se fossem asas.
Se vestem de casca pelo tronco ao chão.
Servem a resina que lhes alimenta o corpo.
Seguram as pinhas à exaustão.
Pensam na vida.
Na morte não.

Berlim, 2 de Dezembro de 2018
19h54m
JLMG



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