domingo, 2 de dezembro de 2018

Os ventos de Lisboa



Os ventos de Lisboa
Sopram ternos os ventos de Lisboa.
Enchem de paz suas ruas e avenidas.
Rodam os cata-ventos apontando os destinos mais certeiros.
Estremecem corações empedernidos de secura e de amor.
Calam as vozes das desgraças e intempéries ameaçadoras.
Seguram os fracos das tiranias opressoras, internas e externas.
Abraçam as famílias nas horas tristes e alegres.
Aclamam as vitórias do sofrimento que não se verga às forças do destino.
Têm a marca da liberdade gravada a fogo nas suas asas flamejantes.
Aquecem e animam as almas condenadas ao vil esquecimento dos poderosos.
Agitam as velas erguidas das caravelas esquecidas que um dia partiram e chegaram inundadas de glória.
Lisboa fica atónita se, um dia, não se sente abraçada pelos seus ventos companheiros.
Berlim, 2 de Dezembro de 2018
8h47m
Jlmg

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