quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

Nevoeiro de Lisboa


Nevoeiro de Lisboa

Lisboa ensonada acordou sob uma manta espessa de nevoeiro.
Reclinada sobre o Tejo ficou triste por não poder enxergar a distância de além.
Nem os cacilheiros aflitos, tacteando, passo a passo, as lonjuras do rio Tejo,
de Cacilhas para Lisboa.

Nem o Cristo salvador, nem a torre eremita de Belém.
As muralhas do castelo, lá no alto, furibundas, receando a invasão da mouraria.

A Estrela, com seu zimbório naufragado, pedia o sol libertador.

Nem as faíscas irritantes dos faróis conseguem esgaçar tão densa manta de nevoeiro.
Só o sol...

Ouvindo Carlos Paredes

Berlim, 13 de Dezembro de 2018
7h44m
JLMG

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