As floristas do Chiado
Frescalhonas, um açafate de flores frescas,
apareciam, manhãzinha, bandos de floristas, pela rua do Chiado.
As pessoas sorumbáticas, a caminho do trabalho, remoçavam o seu ânimo
e lá compravam um raminho perfumado.
Entre sorrisos e bons dias,
uma atmosfera sã, de alegria,
banhava Lisboa ensonada.
Dos botequins recheados saíam os jornais com as últimas pelo mundo.
Não havia telemóveis. Eram o alimento do imaginário.
E os cafés, exalavam baforadas de perfumes do café mágico, afro-americano.
Bastava uma meia hora. Outra gente, com ares de fidalguia, descia dos eléctricos e autocarros, para a cidade,
a satisfazerem os seus desejos, com as comprinhas da vaidade.
Era assim a festa alegre de cada dia quando a paz e a verdade eram rainhas.
Berlim, 18 de Dezembro de 2018
7h58m
Jlmg
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