Andorinhas de Lisboa
Bandos de andorinhas poisadas nos beirais.
Vão e vêm ao sabor da melodia das estações.
Renovam o céu azul com seus gorjeios afinados.
Despertam a vontade de viver, apesar da dor.
Coros de trinados plainam pela encosta do Castelo, Alfama e Mouraria, adoçando o suor do dia a dia.
Batendo suas asas, descrevem linhas e solfejos, com a arte da harmonia.
E, pela tardinha, ao lusco-fusco, desafiando a velocidade dos humanos,
fazem voos rasantes, com a mestria dos aviões.
Ouvindo Carlos Paredes
Berlim, 22 de Dezembro de 2018
7h55m
Jlmg
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