Cacilheiros do Tejo
Imortais, lá andam os Cacilheiros,
Incansáveis,
De Cacilhas para Lisboa e de Lisboa para Cacilhas.
Num vai-vém.
Levando as gentes insonadas,
Para a labuta do dia a dia,
Depois as leva fatigadas, pela tardinha.
Pintados de branco e de vermelho,
Sulcando o Tejo, à tona,
Como um arado lavra a terra,
Na busca do sustento das famílias.
Tantas gerações neles andaram naquele ir e vir,
desde meninos até serem grandes,
num afã puro e belo
que as enlaça na mesma saudade.
Tantas história para contar.
Tantos sustos e momentos belos,
neles viveram, o Tejo em fúria,
com muito sol e nevoeiro.
Um deles eu o bem lembro,
ó que pânico,
vimos a morte à nossa frente.
Naquela tarde de Fevereiro.
Berlim, 16 de Dezembro de 2018
9h6m
JLMG
Sem comentários:
Enviar um comentário