Tremem arrepiadas...
Tremem arrepiadas as telhas rubras dos telhados.
Uma camada gelada as cobre ao sol que nasceu tíbio e arrefece.
Tristes as ramadas das árvores nuas se espreguiçam ensarilhadas.
Cerram fileiras as vidraças contra o gelo que vem do polo.
Os meninos coitaditos vão para a escola fumegando das narinas.
E as mulheres morenas de vestes largas, só o rosto ao ar, conversam descontraídas nas esquinas.
Fui e vim e elas lá estão.
Reluzem já acesos os supermercados que oferecem seus produtos.
Silencioso corre o tempo por entre os dedos que não aquecem.
Berlim, 5 de Dezembro de 2018
8h56m
JLMG
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