sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

Tédio



Tédio

Quando o tédio me ronda a mente,
subo ao monte e busco um poema.
Risonho aparece ao longe.
Vem sorrindo como um amigo que já não via há muito.

Nos abraçamos. Saudosos.
Fervem nossos corações.
Novidades. Dum ao outro.
São tantas as novidades.

Tantas primaveras floridas.
Verões de fogo ao pé do mar.
Que a distância nos tirou à gente.
Aquelas tardes calmas do recolher.
As estrelas que se acendiam diante de nossos olhos na aldeia que nos viu nascer.

Que nos queriam dizer as constelações de estrelas ordenadas,
segundo uma linha de pensamento que alguém escreveu?
Os mistérios que sombreavam nossa mente sobre o mistério do viver.

Aquelas conversas enlevadas que se prolongavam pelas madrugadas.
O encanto das amizades da vizinhança.
Um sabor que, de só o lembrar, nos adoça e extingue o tédio que nos assoma de vez em quando...

Berlim, 28 de Dezembro de 2018
17h46m
Jlmg

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