terça-feira, 6 de novembro de 2018
Vasos vazios
Vasos de barro
Vasos vazios de barro sem cor.
Exibindo flores. Secas de sede.
Desejos calados de fome,
Penúria da sorte,
Bem faz a quem quer.
Sementes perdidas que o vento espalha.
Germinam na terra banhada de sol.
Ardentes de sede, secam sem flor.
Aves cansadas vindas de longe,
Procurando ciosas seu ninho,
Onde foram felizes.
Lágrimas sofridas que secaram de dor.
Mesas bem postas, fartas de tudo,
Os filhos não vêm.
Arrecadas de oiro, luzindo no busto.
Estrelas caladas chamando a luz.
Árvores ao ar, batidas do vento,
Perderam as folhas,
Nuas para sempre.
Ouvindo Carlos Paredes - Verdes anos
Berlim, 7 de Novembro de 2018
7h31m
Jlmg
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