quarta-feira, 21 de novembro de 2018

As gaivotas de Lisboa

As gaivotas de Lisboa

Deixaram o mar e se prenderam a Lisboa as gaivotas do mar alto.
Extasiadas com sua beleza, fizeram casa nas margens longas do Rio Tejo.
Seus dias são passados cirandando sobre as águas, pescando suas presas, em mergulhos tão certeiros, fazem raiva aos pescadores.

Poisadas sobre as pedras, espanejam suas asas de contentes.
Sobem no ar e fazem corridas  em alegres voos planados.
Parecem crianças na brincadeira dos recreios.
De vez em quando se atrevem curiosas a atravessar o Tejo, vão a Cacilhas e Trafaria, medindo suas forças.
Se multiplicam suas famílias em doces enlaces aos olhos dos lisboetas atarefados. Nem ligam.
As mais atrevidas se poisam sobre o cavalo real de Dom José, sacudindo de lá as pombas.
Ficaria triste Lisboa sem gaivotas...

ouvindo a guitarra de Carlos Paredes

Berlim, 22 de Novembro de 2018
7h4m
JLMG

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