Pareço um tolo...
Pareço, não. Sou um tolo no meio da praça.
Batendo às portas. Buscando um tema.
Há dias, se esconde de mim.
E, sem ele, faça o que faça,
O poema não vem.
Nunca perco a esperança.
Sei que, dum momento para o outro,
Quando menos espero,
ressalta-me à frente.
Ofusca-me o olhar.
Acende a fornalha.
Viro e reviro.
Baralho as ideias.
Busco palavras.
Atiço-lhe o fogo.
Eis que aparece, em forma,
Um poema feliz.
Revejo-me nele.
Donde é que ele vem,
Isso não sei.
Só sei que ele vem.
Basta aguardar.
Há tanto cá dentro,
No fundo da alma,
Ninguém imagina.
O que fica guardado,
Da vida real...
Berlim, 26 de Novembro de 2018
13h9m
JLMG
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