segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Pareço um tolo...

Pareço um tolo...

Pareço, não. Sou um tolo no meio da praça.
Batendo às portas. Buscando um tema.
Há dias, se esconde de mim.
E, sem ele, faça o que faça,
O poema não vem.

Nunca perco a esperança.
Sei que, dum momento para o outro,
Quando menos espero,
ressalta-me à frente.
Ofusca-me o olhar.
Acende a fornalha.
Viro e reviro.
Baralho as ideias.
Busco palavras.
Atiço-lhe o fogo.
Eis que aparece, em forma,
Um poema feliz.
Revejo-me nele.

Donde é que ele vem,
Isso não sei.
Só sei que ele vem.
Basta aguardar.

Há tanto cá dentro,
No fundo da alma,
Ninguém imagina.
O que fica guardado,
Da vida real...

Berlim, 26 de Novembro de 2018
13h9m
JLMG

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