segunda-feira, 12 de novembro de 2018

Indizível saudade...


Indizível saudade...

Uma manta de saudade, indizível, tolda minha alma ausente.
Suaves lamentos minoram minha dor.
Navego nas asas da memória sobre aquele pedaço de terra molhada à beira do mar.
Sorvo-lhe a brisa acridoce de maresia.
Bebo-lhe a espuma de vinho mosto.
Me embebedo com a seiva verde do amanhecer nas quebradas longínquas das montanhas.
Suas planícies são o mar da erosão desértica deste Outono em queda lenta.
Respiro a custo a poeira que me tolda os olhos e agrava minha garganta...

ouvindo Carlos Paredes

Berlim, 13 de Novembro de 2018
6h8m
Jlmg

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