sábado, 3 de novembro de 2018
No meu tempo...
No meu tempo...
Não havia nada disto, no meu tempo.
Vestes de maltrapilho.
Calças rotas.
Saias curtas, tudo ao léu.
Banho, nem longe a longe.
As boites e os cabarés eram só para gente da pinga-ardente ou da corda bamba.
Prós mais finos era o casino.
Se ia à missa e à confissão.
E, sem vergonha.
Havia gente séria.
Palavra d´honra era escritura.
Se alguém descambava era vaiado.
Só com emenda voltava à tona.
Agora, é o vale tudo.
O desalinho.
A indiferença.
O desrespeito.
Cada um se amanhe.
Que virá a seguir?...
Berlim, 3 de Novembro de 2018
10h54m
Jlmg
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