quinta-feira, 1 de novembro de 2018
Greve dos Mortos
A greve dos mortos
Prisioneiros sem termo no fundo do chão,
Esquecidos dos vivos, sem água e sem pão,
Sentem-se presos.
Sofrendo das penas,
Sem serem de crimes.
Resolveram vingar-se.
Marcaram a greve.
No dia dos finados.
Pegaram nos ossos
E sairam das covas.
Fugiram atónitas, tremendo de medo,
As famílias fiéis.
Quando chegaram a casa,
Encontraram-lhes as almas
Sentadas à mesa.
Ficaram sem fala.
As almas penadas contaram-lhes tudo.
Lhes sirva de exemplo, enquanto é tempo:
Estavam sofrendo pelo mal que fizeram...
Berlim, 1 de Novembro de 2018
17h14m
Jlmg
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