Tango sem concertina...
Não precisa de voz
nem concertina.
Basta-lhe o mar,
exposto ao vento,
com nuvens a bordo.
Seu ritmo é a rota
transatlântica, intercontinental.
Sem datas marcadas,
ao sabor das marés.
Gaivotas canoras voam nos ares.
Cardumes de peixes
em arcos velozes,
traçam o caminho,
nas sendas do tempo.
Navio sem mastros
nem rodas nos pés.
Cavalo alado,
Em trote ligeiro.
Formiga esquecida
no deserto do mar.
Veleiro à vela,
sem velas ao vento,
com força gigante.
Nada o amarra na barra.
Seu destino é o tango,
Seu palco é o mar...
Roses, 4 de Julho de 2016
7h24m
nasceu o sol
Jlmg
Joaquim Luís Mendes Gomes
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