A mulher de bengala...
Pé antepé.
Atravessa a estrada,
Desde o lado de lá.
Vem para o café
Onde passa seu tempo.
Largas janelas.
Gente que chega e que vai.
Numa mesa sózinha,
Ela vive por dentro
O passado que foi.
Ali vem de bengala.
Cabelos pintados,
Para mitigar sua idade,
Porque as rugas não escondem,
Ela sobe as escadas.
Pede um café
E ali fica sentada,
Mirando quem chega
E que sai...
Bar Castelão, em Mafra, 21 de Julho de 2016
10h1m
Jlmg
Joaquim Luís Mendes Gomes
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