quinta-feira, 28 de julho de 2016

mar azul da madrugada...

O Mar Azul da Madrugada
Lancei-me ao mar da madrugada,
Vou pescar.
Levo as melhores redes, 
As mais apertadinhas.
Quero trazer comigo,
Para minha casa todos,
Como amigos,
Sem um ficar.
De todos eu preciso,
Para me alimentar em terra,
Cada dia, a toda a hora,
Onde tudo se acabou,
Foi para a valeta
Só há lama morta
E muito pó na estrada.
Não levo anzol,
De espetos
e bicos agudos…
Não quero ver sangue,
Só a alegria em rede,
De quem vem
Para a festa, em debandada,
Ao redor da minha mesa,
Com muito vinho novo
A jorrar às canadas,
Rubras,
E muita música alegre,
A iluminar gargantas
Cansadas de tão secas
E tão cansadas.
Venham todos daí comigo.
Para o mar, à pesca,
Para o mar vivo
E tão azul…
Que no nosso,
Acabou o vinho,
Já é mar -morto,
De tanto sal…
E já sem pesca.
Contigo ao lado,
Vai chover alegria certa,
A esbordar da mesa,
Neste mar sem fim,
Da madrugada,
Que é só nossa…
Ovar, 29 de Julho de 2012
3h34m
Joaquim Luís Monteiro Mendes Gomes

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