quinta-feira, 30 de abril de 2020
Café da manhã
Café da Manhã
Tilintam as chávenas do café.
Zumbe a máquina de o moer.
Ferve em brasa a bica que sai da bica.
Soam sem alma, cantos no ar,
Só para distrair.
Por encomenda de quem só quer ganhar
E pouco perder ou dar.
Já não se ouvem as canções douradas
De vozes sonoras,
Com timbre de sino,
Como sereias
É tudo um embrulho
Para só os olhos verem,
Sem fogo a arder.
È a vida moderna
Que tem mais de pobre
Que rica,
Embora não o queira ver…
Café Castelão em Mafra, 22 de Março de 2013
11h13m
Joaquim Luís Mendes Gomes
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