segunda-feira, 6 de abril de 2020

Sol melado


Sol melado

Caem ao chão résteas de sol de raios melados.
Não arrefecem nem queimam.
Mas contentam os olhos sedentos de luz.
Cansados das sombras da casa fechadas por império da morte.

Vêm por sorte. Sabem a pouco mas contentam os pobres.
Agora são todos.
As "peneiras" se foram.
Derreteram no nada.
Tantas riquezas. De nada valeram.
Cheio de penas varridas do vento,
São tudo o que resta ds tesouros vazios.

Ouvindo Schubert

Mafra, 6 de Abril de 2020
10h37m
Jlmg

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