terça-feira, 28 de abril de 2020

Não sou esdrúxulo...


Não sou exdrúxulo…

Não sou exdrúxulo.
Tenho o acento tónico na minha espinha.
Não vergo ao poder da insolência.
Arraso o estrépito oco e seco da ignorância.
Prego o bem-estar e o bem querer só porque admiro a solidariedade.
Tenho em mim muitos defeitos.
Ninguém me pode acusar de vingativo cego e mau.
Abaixo as desinências da hipocrisia e as vergastas dos déspotas e dos piratas.
Quero ficar sozinho do que mal acompanhado.
Abaixo todos os narizes arrebitados.
Não me venham com mais sermões da treta.
O que eu quero é pregar a paz pela via do respeito ao meu igual.
Merda! Não sou exdrúxulo!...

Depois de ouvir Maria Betânia recitar Álvaro de Campos
Mafra, 27 de Abril de 2020
16h9m

Jlmg

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